Ele não só amava os Beatles e os Rolling Stones. Daniel Pessoa, DJ e produtor, é a cena da música eletrônica da cidade. House é a sua praia. Ele e seu núcleo instituíram um projeto de música livre. Longe das mais pedidas, fizeram o Mandaca. Que vem deles e de mandacaru, do tupi-guarani, Natal, Brasil.
RC: Quatro batidas fazem um som?
DP: E uma revolução sonora.
RC: O músico é…
DP: Um mensageiro.
RC: Por que você toca?
DP: Porque a dança é o meu maior vício.
RC: Para trilha sonora da vida, ouvir…
DP: De tudo e Depeche Mode.
RC: Do que o silêncio é capaz?
DP: De propor respostas.
RC: Apertar o play…
DP: Para interagir com a pista.
RC: Qual a maior ousadia sonora da vida?
DP: Oferecer música a estereótipos.
RC: Quem precisa ser ouvido?
DP: O brasileiro.
RC: Música é…
DP: Até o som do coração que pulsa.
RC: E estilo?
DP: A expressão no mundo.
RC: O que é inaudível?
DP: O desrespeito.
RC: A melhor festa é…
DP: O encontro do público com o som.
RC: Com quantas batidas se faz um set perfeito?
DP: 123 por minuto.
RC: Quem ouve Daniel Pessoa, o que ouve?
DP: Música eletrônica e influência brasileira.
RC: Qual o seu estilo?
DP: House. Nele descobri a música eletrônica.
RC: E o ritmo e a melodia?
DP: Ritmo é paixão; melodia, amor.
RC: O que você está escutando agora?
DP: O som que vem de dentro.
Texto publicado na 13ª edição da Revista Rio Center.